João Clara

Quando se fala do Algarve pensa-se imediatamente em sol, praias e férias. Certo?
Mas o Algarve é muito mais do que isso.

Ali encontramos comida incrível (basta pensar na “desgraça” que é o Arroz de Lingueirão ou a Feijoada de Buzinas) e vinhos de beber e chorar por mais.
É o caso deste João Clara.

Tudo começa nos anos 70 do século passado, pelas mãos de João Maria Alves, também conhecido como João Clara.

Os primeiros 3 hectares da quinta foram comprados em 1974 e de imediato foram plantadas vinhas com as castas Negra Mole e Syrah.

Em 2006, já com o apoio de António Maçanita na enologia, chegam ao mercado as primeiras garrafas de vinho tinto lançadas por Joaquim Alves, o único filho do falecido João Clara.

Depois da morte de Joaquim, a mulher, Edite Alves, e as filhas, que pegaram nas rédeas do projecto e assumiram a liderança dos destinos da quinta.

Entre muitos papéis deixados por Joaquim estava na sua ideia plantação de vinhas de castas brancas e uma adega. Foram estes os desejos que Ana, Joana e Edite Alves realizaram e continuam a realizar.

Hoje é a enóloga Joana Maçanita que faz com que os sonhos desta família se transformem em realidade e em vinho que não se esquece tão cedo.

Só falta mesmo falar do habitante mais famoso desta quinta — o burro Xavier.
Faz parte da família e faz as delícias de quem por ali passa.

Quanto a este vinho que tens nas mãos, vais perceber rapidamente que se trata de um vinho diferente, com uma mistura de castas muito interessante (Arinto, Verdelho, Alvarinho e Moscatel) e que fica muito bem com o arroz de lingueirão de que te falámos lá em cima.

Depois, quando a garrafa acabar, vais ter um problema em mãos chamado: e agora?

É que este é um daqueles vinhos que pede repetição até mais não.

Estás bem entregue, portanto.

Depois diz-nos o que achaste e partilha uma foto do momento (ou da caixa toda… ou das duas coisas… em carrossel… ) no teu Instagram.

Cheers!