Astronauta

“O vinho é uma bebida eminentemente sensorial, no caso português tem também uma identidade cultural”.
Esta frase é do produtor deste Astronauta – Aníbal Coutinho, que em boa hora mudou da carreira de engenharia civil para enólogo e critico de vinhos.
Partilha a sua visão apaixonada enquanto consumidor de vinho, enólogo, escritor de vinho, curioso de vinhos, comprador de vinho, educador de vinho, juiz de vinhos e sommelier amador.
A sua paixão pelo vinho, teve origem na excelente garrafeira que o seu pai tinha e da introdução que foi fazendo aos prazeres do mundo do vinho.
Esta paixão que o levou a fazer o mestrado em enologia e mais tarde um doutoramento em análise sensorial do vinho.
Defende que a Afonso Henriques, descendente da nobreza da borgonha, já terá brindado à formação de Portugal com vinho. Sendo que, na altura, era perigoso brindar com água e, talvez venha daí a superstição que chegou aos dias de hoje de não se fazerem brindes com água!
Embora já não haja riscos para a saúde nos dias de hoje, é sempre mais agradável brindar com um bom copo de vinho.
Outra curiosidade já com muitos anos é a da ligação da produção de vinho à doçaria regional, que tem origem na utilização da clara do ovo no processo de clarificação do vinho e que resultava na sobra de grande quantidade de gemas, que passaram a ser usadas na elaboração de muitos doces conventuais que também chegaram aos dias de hoje.
E para terminar esta pequena apresentação do multifacetado Aníbal Coutinho, falta referir que desde 1998 faz parte do Coro Gulbenkian.
Agora é hora de afinar as vozes para brindar com a mais portuguesa das castas – a Touriga Nacional!

Cheers!