Torre de Pinhel

Pinhel, a Cidade Falcão, é uma terra cuja coragem cedo marcou a sua história e identidade. Foi no século XIV que as suas gentes estoicamente lutaram pela defesa da independência de Portugal quando estava sob ataque de Castela, e ao arrebatar o falcão do Rei castelhano fizeram dele o seu símbolo.
O passado vitivinícola remonta à fundação da nacionalidade portuguesa, está localizada no interior centro de Portugal, tem cerca de 16 000 hectares de vinhas e uma grande variedade de castas. Os solos são maioritariamente de origem granítica (80%) e o clima é muito agreste, com temperaturas negativas no Inverno e Verões muito quentes e secos.
Desde tempos muito antigos que em Pinhel se praticava a cultura da vinha e se produziam vinhos de alta qualidade; já nos princípios do ano 1500, o Rei D. Manuel I, o Venturoso, concedeu diversas regalias e privilégios em favor dos vinhos de Pinhel.
Na década de 1940 houve colheitas muito abundantes e não havia escoamento para toda a produção. Nessa altura os vinhos eram destilados para a produção de aguardente de finíssima qualidade, devido à qualidade dos vinhos desta região.
A ideia de criar uma Adega Cooperativa nasce por se ter verificado que os vinhos tinham muita qualidade para serem destilados e, em 1947 construiu-se a adega, nas instalações do Grémio da Lavoura de Pinhel, que tinham ficado devolutas pela saída das Forças Militares.
Nesse ano foram 33 produtores a entregar as uvas na adega. Muito longe dos atuais 2 300…
Agitando no copo este Torre de Pinhel, surge uma lágrima que escorre pelo copo e antecipa a sensação de um vinho com muito álcool, mas quando se prova, constata-se um equilíbrio suave de sabores de frutos vermelhos, cereja e a madeira suave.
Um brinde ao belo interior de Portugal que há tantos anos produz maravilhas como esta!
Cheers!