Torre de Palma

A família Barradas Rebelo não é a primeira proprietária da Torre de Palma… na realidade, para chegarmos aos primeiros registos, temos de recuar até ao tempo dos romanos, no séc. I e à família Basilii que trouxe muito prestígio à região, pelo poder e influência que tinham na sociedade da altura.
Era gente que já sabia viver bem… apaixonados pelo vinho, azeite, cavalos Lusitanos e a arte de bem receber. Os vários mosaicos encontrados na zona, que podem ser vistos no Museu de Arqueologia em Lisboa, ajudaram a reconstruir a história da altura e as atividades desta família.
Mais tarde, a Ordem de Avis estabelece-se na propriedade e em 1338, passa a pertencer a Pedro Afonso, filho bastardo do D. Dinis. Durante os 500 anos seguintes continuou a ser pertença da Coroa Portuguesa, até que um comerciante de Lisboa, Jacinto da Silva Falcão a adquiriu em 1863.
Em 1974 a propriedade foi ocupada pelos trabalhadores que fundaram aqui a primeira unidade coletiva de produção do Alentejo.
Só em 2008 a propriedade é comprada pelo casal Paulo e Ana Isabel, que escolheram esta forma para homenagear Maria Teresa Barradas, a mãe de Paulo e originária desta zona e que por vicissitudes da vida, acabou por estabelecer a vida no centro do país. O desejo de voltar ao Alentejo esteve sempre lá, porém só chegaria com a geração seguinte.
Luísa, a filha de Ana Isabel e Paulo, está à frente do Torre de Palma Wine Hotel a dar continuidade à arte de bem viver no Alentejo e de valorizar esta região, com um projeto de recuperação do património existente, pensado ao pormenor e com detalhes de extremo bom gosto.
O enólogo Duarte de Deus põe todo o seu conhecimento na vinha e na adega para produzir os vinhos extraordinários que deixam marca na memória de quem os prova.
São bom exemplo a promoção da biodiversidade, a plantação de alfazema nas extremidades para acrescentar subtis notas florais aos vinhos, a influência dos muros de pedra ao redor da vinha para proteger dos ventos demasiado quentes de Espanha, os cavalos que passeiam livremente por toda a propriedade… as barricas de carvalho francês usadas nos vinhos e as barricas de whiskey usadas no late harvest.
Lá onde o tempo passa mais devagar, o restaurante do chef Miguel Laffan merece uma paragem obrigatória, onde a harmonização da comida feita com os vinhos, fecha o ciclo dos prazeres gastronómicos.
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Cheers!